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Apenas um humano comum entre outros, que pensa como o mundo pode ser paradoxal.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A ampulheta

" O andarilho dos planos
Vou-me levando ao meu destino
As planícies, as florestas, as ilhas,
os pântanos e as montanhas...

As brumas me perseguem
As estrelas desaparecem
na medida que gira
o horizonte onde estou andando

As brumas da escuridão, me cobrem
me isolam daquilo que a natureza oferece
O manjar da vida, o gozo da felicidade
Um desabrochar de vários sorrisos

Elas me corroem , e consomem
os grãos de areia escorrem para o fundo
eles marcam que o tempo passado e o momento
está prestes a virar, e apagar as lembranças

'Jhoria', mostra-me duas ampulhetas
Uma se percebe um brilho sem igual
como o despertar do sol
num tipo dia de verão

A outra opaca, coberta totalmente
por uma densa e escura matéria
uma tristeza profunda
igual ao final de um dia

O andarilho que sou,
tenho ainda mais trilhas para andar
Vejo a primeira ampulheta reluzente
rachando-se e perdendo seu brilho

Não há mais retorno,
uma vez destruída
os grãos de areia se perdem para a eternidade
e a ampulheta é esquecida.

Carrego comigo a negra ampulheta,
que conta comigo cada momento
em que a tristeza aumenta, e
a vontade de continuar sozinho.

Vou caminhar em busca da resposta
Porque ampulheta?
Porque não tornas viva e límpida?
O que a escuridão quer me mostrar?"