Costumava a ir freqüentemente em quermesses no bairro antigo onde eu morava, me lembro das barraquinhas de joguinhos como pescaria, que você parava em frente da piscina vendo os outros pescarem e decorar o peixinho com maior valor para pegar melhores prendas, e o famoso pinga-pontos que nunca conseguia ou a soma 6 ou numero 36 [ uma vez eu consegui 35, e a tia me deu a prenda dessa faixa!, hehe como era bom ter influencias da época de catequese.]
Então aproveitando da situação de estar em familia era um trocadinho da tia, outro da mãe, e na hora de ir embora era uma sacola de supermercado cheia de sabonete,macarrão, pipoca doce e salgadinhos isoporsitos. O que era uma jogadinha custava 50 centavos dos 20 reais que você tinha arrecadado.
Via minha mãe jogando na barraca de doces enquanto meu pai ficava na de salgados, as vezes um rocambole de chocolate era o troféu da semana , para as sobremesas.
No dia de hoje, após uns 3 anos sem ir em uma festa desse estilo, fui em uma no centro da cidade, reparei como uma coisa de familia muda...
Muitas pessoas, muita comida, as crianças brincando em brinquedos infláveis e camas-elásticas,
o antigo e divertido pinga-ponto, num canto desolado dando de prenda uma boneca de pano do 6-36...
o que mudou?
Virou só simbologia, como tudo nesse mundo que convivemos vira: símbolos !
Brincar na rua era sinônimo de diversão, hoje é símbolo de descuido e perigo
Quermesse era festa de bairro, aglutinação dos vizinhos e companheirismo, hoje é símbolo de dispersão social e quebra de idealizações antigas...
Vou sentir saudades de ficar até mais tarde da noite me divertindo quando era pequeno, agora sendo um adulto o tempo não tem limites, eu posso escolher o que eu quero; mas isso não é símbolo também? Liberdade é momento ou símbolo para o cotidiano?
Você pode realmente fazer aquilo que você quer? Sem limitações? Sem obstáculos?...
Não é mesmo um símbolo?
Bem... esse é o primeiro post após minha apresentação, agradeço quem for acompanhando, sempre salientando por favor cometem e critiquem!
Obrigado