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terça-feira, 12 de abril de 2016

Ode a Donzela da Água

“Nas névoas da alvorada,
A singela esposa aguarda,
O veraneio da espada
Com velas retocadas...

Esperava pelas manhãs
A esperança do marinheiro
Encontrar seu tesouro
Para seu cruzeiro

A maré escura
Os olhos ressacados
Avistam a longe
O esposo amado

A volta é traiçoeira
Doente ele ficara
Porém ele teria
Sua querida amada

No quarto mês do retorno
As gaivotas que cantavam
Sucumbiram num estrondo
A porta estava sendo batida
E um enorme choro

Uma criança, um bilhete
Um filho, uma traição
A esposa o tomou em mãos
E não a quis não!

Tremenda raiva que tinha
Sua sombra sobressaía
Seu esposo teria que partir
E o seu bebe... ela cuidaria?

Anos se passaram,
Seu marido não voltara,
As gaivotas cessaram
e bateram na sua porta

Uma mulher linda,
A flor mais bela
Carmesim era sua bochecha
E olhos de sereia....

Ela veio para a esposa
Desculpou-se pelo ocorrido
Queria ver seu filho
Um prometido sirenídeo
Pasma, desacreditada
Era a sensação da água
Acordando do pasmo
Seu sonho retratado...

Nada mais tinha,
Esposo e filho
A maré a convidara
Para um exílio

Seu salto foi cantado
Em plena lua completa
A canção de ninar
Era sua marcha

As águas frias
O último vislumbre
Uma lágrima de sereia
“seu marido está vivo”

Lamúrias nas noites
É a canção da agonia
A donzela da água
Assombra na procura
De seu amado.

E no fim seu amparo
É a música de um eterno bardo
Que carrega seu fardo

Em noites de agrado!”

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